
Atendo mais um pedido, dessa vez do Kevin, que quer jogar com o Náutico Capibaribe.
O "Timbu", vem fazendo até agora um bom campeonato brasileiro. O torcedor alvi-rubro espera que não seja como no ano passado. Lembro-me que o Náutico começou muito bem, inclusive chegando a liderar nas primeiras rodadas e depois despencou feio na tabela. Acabou lutando com muita garra para não cair para a série B. Conseguiu se manter na Série A após arrancar um empate com o Santos na Vila Belmiro na última rodada do Brasileirão.
O alvi-rubro de Recife ganhou 21 vezes o Campeonato Pernambucano. Em 1967 chegou a ser vice da Taça Brasil, o antigo Campeonato Brasileiro. Na final perdeu para o Palmeiras, a façanha levou o Náutico a ser o primeiro time pernambucano a jogar uma Libertadores da América.

Um dos fatos mais pitorescos que aconteceu nos Aflitos foi em 1972. O Náutico contratou o "popstar" Alan Cole, centroavante jamaicano, produtor, administrador da Bob Marley Foundation e co-autor da música War, sucesso na voz do rei do
reggae.
Muitos juram que no final da década de 60, num amistoso da seleção rastafári contra o Santos , Alan Cole deu uma "caneta" em Pelé.
Porém a realidade em Recife foi outra. Sua passagem no Náutico foi meteórica e discreta. Jogou apenas três partidas no Brasileirão de 72. Seus "hábitos" extra-campo não foram tolerados pelos dirigentes e acabou sendo dispensado. A partir daí criaram-se lendas e folclores sobre o jogador.
Dizem que seu nome ficou envolvido com o atentado sofrido por Marley em 1976. Cole supostamente devia muita grana para traficantes e pressionado teria "passado a conta" para Bob.
Na verdade, o atentado possivelmente partiu de filiados do partido conservador jamaicano, inimigos políticos do cantor.
Marley foi ferido sem gravidade, mas depois do susto preferiu se mandar para a Inglaterra. Apesar de tudo, Alan Cole é considerado até hoje um dos maiores ídolos do futebol jamaicano.