
Voltando a Série Rivais, atendo mais um pedido do amigão Gerson Nuevo. Destaco um clássico fluminense: o Goyta-Cano, derby envolvendo o tradicional Goytacaz e o conhecidíssimo Americano, clubes da cidade de Campos dos Goytacazes, a maior cidade do interior do Rio de Janeiro. Até 1974, eles disputavam e dominavam o Campeonato Fluminense (antigo Estado do Rio de Janeiro) antes da fusão com o Estado da Guanabara.

Atualmente o Goytacaz joga a segunda divisão do Rio, que irá começar no dia 16 de Julho. A estréia será contra o Aperibeense. O "Goyta" espera um acesso desde 1992. Em 2006 participou de uma seletiva promovida pela FERJ e estava com a classificação garantida para a primeira divisão carioca. Porém a justiça considerou a tal seletiva ilegal e cassou o acesso da equipe alvianil.
Para esse ano o clube está fortalecido com o gerente de futebol , Célio Silva (ex-zagueiro do Vasco). Contratou bons e experientes jogadores como Márcio Alemão que jogou o Paulistão pelo Noroeste e Flávio Medina, que jogou pelo rival Americano na Copa do Brasil.
A maioria de seu elenco são jogadores que disputaram o Campeonato Carioca por times intermediários.
O Americano está como o meu querido Joinville, engessado sem calendário. Dispensou vários jogadores após a desclassificação na Copa do Brasil e hoje trabalha só com as categorias de base.
Em Campeonatos Brasileiros, o Goytacaz foi vice campeão da segunda divisão em 1985, o Americano para não ficar por baixo foi vice também da segundona em 86 e campeão do Módulo Azul em 1987.
A última vez que os dois clubes "se pegaram" foi numa fase eliminatória da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, em 2003.
A classificação do Americano é discutida até hoje em Campos. Cada clube venceu o jogo em seu estádio por 1 a 0. Os jogadores do Goytacaz reclamaram muito de impedimento no gol assinalado a favor do Americano no segundo jogo, que acabou não terminando e sendo marcado por inúmeros tumultos, com direito a cai-cai de jogadores do Goyta e a classificação do Americano sendo concedida através da justiça desportiva.
Isso é o que eu chamo de rivalidade ferrenha!